| I. IDENTIFICAÇÃO DO EVENTO |
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| Departamento de Letras e Artes |
| II. CARACTERIZAÇÃO DO EVENTO |
| INTRODUÇÂO |
| A Semana de Comunicação é um evento que permite aos alunos e professores do curso de Comunicação Social da UESC, e de outras instituições, uma troca de experiências e conhecimentos rica e promissora. Os participantes têm a possibilidade de entrar em contato, pelas palestras, oficinas e minicursos, com os temas contemporâneos que estão sendo debatidos nos principais centros universitários do país. Essas atividades contribuem para a formação extracurricular dos estudantes, dando-lhes oportunidades de conhecer aqueles que estão refletindo sobre a comunicação no âmbito acadêmico, assim como dialogar com os profissionais que atuam no mercado de trabalho de rádio e televisão. Ao trazer teóricos e profissionais de alto nível, a Semana de Comunicação atende também aos estudantes e professores de outros cursos da UESC e de outras instituições da região de influência da UESC, que possuem intersecção com a área de Comunicação, assim como com a comunidade externa que atua nos setores de comunicação, como os de rádio e televisão da região sul da Bahia. |
| JUSTIFICATIVA |
| A comunicação apresenta-se como prática central na formação das sociedades contemporâneas, enquanto campo de pesquisa tem assumido um lugar privilegiado, de onde é possível pensar todas as áreas. Todas as práticas sociais, os processos de formação de opinião pública, do gosto, dos valores e das decisões frente ao consumo de bens materiais e simbólicos, bem como a produção e distribuição desses bens passam pela esfera da comunicação. Os estudos da recepção fizeram ver que não há um ser passivo como se pensava, totalmente explorado pelos países hegemônicos, através do uso dos meios e das tecnologias que estes dispõem. Os conceitos de meios e mediações, propostos por Martín-Barbero, avançam nos estudos da recepção ao considerar a produção sociocultural, na qual a América Latina inteira pode se reconhecer, exatamente pelo tipo de apropriação que soube fazer. Pesquisadores de importância da área apontam que está na hora de se considerar as tecnologias, sejam elas de ponta ou já consagradas pela tradição, a partir do uso que cada país, região ou comunidade faz delas. Todas as mídias estão convergindo, isto é certo. Mas Peter Sloterdijk nos ensina que a tecnologia não é o sistema. O sistema é o uso que se faz das ferramentas. Há uma necessidade urgente de orientar os alunos no campo da pesquisa, para que rompam com o cenário que se instalou no país: de um lado temos os críticos e teóricos, de outro, praticando a resistência, os profissionais da comunicação, que alegam não precisarem de teoria. Tão indesejada está a situação, dicotomia entre trabalhadores da comunicação e críticos das mídias, que o tema do Intercom a ser realizado em setembro de 2011 é uma sentença interrogativa: Quem tem medo da pesquisa empírica? A instituição de pesquisa deve assumir a responsabilidade de fomentar a reflexão sobre o fazer científico. Fazer ciência implica pensar sobre ela, analisar não apenas um objeto, mas o caminho que percorremos para chegar até ele, o modo como vamos estudá-lo e a partir de quais teorias – a trajetória percorrida pelo investigador não deve ser ignorada. A emergência de novas tecnologias digitais tem motivado uma série de pesquisas em torno dos processos de comunicação em nossa sociedade. Mas é preciso ver que elas convivem com as velhas tecnologias como a pedra, o machado e o jornal impresso, por exemplo. É através da observação dos usos das ferramentas, das apropriações, das mediações que ganha atualidade a reflexão sobre o papel social dos meios de comunicação e seus vínculos com os setores sociais tradicionais como a política, a cultura e a educação. A Semana de Comunicação, em sua nona edição, justifica-se por inserir os alunos e professores da UESC neste debate mais amplo sobre a importância das práticas comunicacionais na sociedade contemporânea. |
| OBJETIVOS |
| A Semana de Comunicação tem por objetivo a troca de experiências e conhecimentos na área de comunicação e estimular a reflexão a respeito dos aspectos sociais e culturais do setor no mundo contemporâneo. Com o tema, “Comunicação, tecnologias, usos e apropriações”, busca-se trazer para o debate as atuais reflexões sobre as apropriações das tecnologias, as mediações, e os usos das ferramentas, formadores de sistemas, tanto de sociedades desenvolvidas como periféricas, do ponto de vista econômico, claro. Os usos e as mediações dos meios de comunicação de massa, a importância que ganha o seu desenvolvimento em regiões consideradas periféricas, as novas tecnologias digitais, as políticas públicas de comunicação, a utilização das ferramentas de comunicação nos processos de produção de conhecimento, assim como refletir sobre as novas possibilidades que se abrem em termos de criação de novos formatos e novas linguagens, a partir da constante transformação tecnológica, ademais de sociedades propensas a fazer novas conexões. À medida que a produção de conhecimento se torna modular e simplificada, é natural que se torne democrática. Mas se engana quem pensa que é preciso ser desenvolvedor ou ter capital para entrar nessa onda, as Novas Tecnologias da Informação ao se popularizarem por meio do barateamento de equipamentos e ferramentas permite que o número de emissores de informação se amplie de forma exponencial, e criam novos centros de difusão e formação de informação. E também novos produtos, através das apropriações que criam conexões e situações inusitadas. A adequação das reflexões e a formação de estratégias de utilização destes novos canais, ainda associados ao rádio, ao cinema, a TV, os jornais e às mídias impressas amplia a compreensão de que os poderes, discursos e saberes se articulam numa esfera macrocósmica que transcende a regionalização e que franqueia a palavra e a possibilidade de expressão a um contingente maior de indivíduos. As atividades da Semana de Comunicação tem por objetivo contribuir para se pensar nessas questões e nas perspectivas futuras que temos a partir destes novos processos comunicacionais. A partir de uma postura crítica poderemos refletir sobre as possibilidades de as novas tecnologias da comunicação, bem como seus usos e apropriações abrirem espaços para a criação de padrões e políticas de comunicação democráticas, que garantam a universalização da cidadania, a sustentação da diversidade cultural e o respeito às peculiaridades regionais. |
| PÚBLICO ALVO | QUANTIDADE DE VAGAS | |
| Alunos de graduação e de pós-graduação em Comunicação Social da UESC e de outras Instituições de Ensino Superior; Professores de Comunicação Social e de áreas afins da UESC e de outras IES; Profissionais da área e de áreas afins. | 500 | |
| PERÍODO DE REALIZAÇÃO | DIAS DA SEMANA | HORÁRIOS |
| 28 de novembro a 2 de dezembro de 2011 | Segunda a sexta-feira | 09h00 a 21h00 |
| LOCAL | CARGA HORÁRIA TOTAL | |
| Campus Soane Nazaré – Salas de Aula do Curso e Auditório Jorge Amado | 40h | |
| ARTICULAÇÃO COM ENSINO E COM A PESQUISA? COMO? |
| Este evento por sua abrangência e diversidade de ações possibilita aos participantes articular os conhecimentos da área com as atividades propostas e amplia o diálogo iniciado na sala de aula com a realidade apresentada nas palestras, mini-cursos e apresentação de trabalhos científicos, bem como com a divulgação dos resultados de pesquisas realizadas por pesquisadores da Universidade e de outras IES. Desta maneira, os participantes do evento são estimulados a apresentar suas pesquisas e compartilhar seus resultados com a comunidade e os professores e alunos ampliam seu conhecimento a ser aplicado nas atividades acadêmicas cotidianas. |
| RESULTADOS ESPERADOS/PRODUTOS |
| A IX Semana de Comunicação da UESC pretende como resultados oferecer palestras e minicursos aos participantes inscritos e publicar um CD com os textos apresentados na mostra de pesquisa científica em comunicação. |
